sábado, 30 de julho de 2011

SAIBA MAIS SOBRE O CANCER DE PELE

Câncer de pele. O que é?

O que é o câncer de pele?

O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

A maioria é fácil de tratar e representa apenas uma pequena ameaça à vida, mas um tipo, o melanoma, é difícil de tratar, a menos que seja detectado precocemente.

Quais são os sintomas e os tipos de câncer de pele?

Existem três tipos principais de câncer de pele, que podem ter sintomas e aparências diferentes.

O carcinoma basocelular (CBC) afeta um tipo de célula da camada mais superficial da pele. É um câncer de crescimento lento e não costuma se espalhar para outras partes do corpo.

O CBC pode afetar todas as áreas do corpo expostas ao sol. O principal sintoma é uma tumoração pequena na pele, indolor, fixa, de coloração rosa ou cinza-amarronzada, com a superfície lisa, onde podem estar presentes vasos sanguíneos. Há uma borda em cêra ou perolada. Quando a massa cresce, há o desenvolvimento de uma depressão central com bordas laminadas.

O carcinoma espinocelular (CEC) envolve outro tipo de célula na camada superficial da pele. Ele geralmente aparece no rosto do paciente e o principal sintoma é uma área de pele espessada e escamosa que se desenvolve em um nódulo indolor, duro, marrom avermelhado, com uma borda irregular. O nódulo torna-se uma úlcera recorrente que não cicatriza.

Esses dois tipos são conhecidos como câncer de pele não-melanoma. Eles são geralmente de crescimento lento, ocorrem em áreas da pele expostas ao sol e raramente se espalham no organismo (mas metástases raras podem acontecer).

O câncer de pele melanoma pode ocorrer em qualquer parte do corpo e é mais perigoso. O melanoma maligno tende a se espalhar muito mais rapidamente através da corrente sanguínea do que os outros dois tipos de câncer de pele. Ele afeta as células que produzem a coloração da pele (os melanócitos) e, se não for tratado com sucesso, pode se espalhar para o fígado, pulmões ou cérebro (metástases).

O principal sintoma é o rápido crescimento, com bordas irregulares e alteração da coloração da pele. Ou há uma mudança para uma tonalidade escura em pele previamente normal ou uma alteração em um sinal de pele pré- existente que muda de tamanho, cor, desenvolve bordas irregulares, sangra, coça, há formação de crostas ou ficam avermelhados.

Se uma pessoa tem uma pinta que está crescendo, mudando de cor para marrom ou preto, isso deve ser mostrado ao médico imediatamente.

Ocasionalmente, o melanoma pode se apresentar com aumento dos gânglios linfáticos ou raramente em lugares inusitados, incluindo a sola do pé, boca, unhas ou olhos.

Para saber se é câncer de pele e qual o tipo, um médico irá realizar uma biópsia, retirando toda a lesão ou parte dela para análise em laboratório.

Quais são as causas do câncer de pele?

Embora os cientistas saibam que pessoas com a pele mais clara são mais vulneráveis ao câncer de pele, a principal causa deste tumor é o excesso de exposição ao sol. Uma pele bronzeada não é saudável, é um sinal de danos a ela. A radiação ultravioleta (UV) provoca danos sutis às células, que podem levar a alterações cancerosas.

Os tumores de pele não-melanoma são resultado da exposição solar prolongada, durante vários anos. Já a principal causa de câncer de pele melanoma é a exposição ao sol por períodos curtos, porém intensos.

A ocorrência de câncer de pele em pessoas de pele escura é extremamente rara, mas pode acontecer.

Os homens são mais propensos a desenvolver câncer de pele no pescoço, nos ombros e nas costas, enquanto nas mulheres eles aparecem mais nas pernas e nos braços.

Como é feito o diagnóstico do câncer de pele?

O diagnóstico de um câncer de pele pode ser feito por um dermatologista ou mesmo por um médico de outra especialidade que nota uma alteração na pele. Porém, a suspeita de um tumor de pele muitas vezes é feita pelo próprio paciente que observa mudanças na sua pele.

Para confirmar o diagnóstico, é realizada uma biópsia no local. O tumor precisa ser removido por uma pequena cirurgia ou mesmo durante a biópsia para a coleta do material para análise. Algumas vezes, é necessária uma cirurgia maior com retirada de uma margem de segurança.

Alguns exames complementares podem ser necessários para verificar a existência de metástases no organismo, principalmente quando se trata de tumor de pele do tipo melanoma.

Como é o tratamento desses tumores?

Tumores de pele não-melanoma são usualmente tratados por uma pequena cirurgia para retirar a área afetada sob anestesia local. Outro método usado em lesões menores é a criocirurgia, em que o nitrogênio líquido é aplicado sobre o tumor para congelá-lo e matar as células malignas.

Alguns casos de carcinoma basocelular podem ser adequados para tratamento por terapia fotodinâmica, na qual usa-se um creme para sensibilizar o tumor e, em seguida, expõe a lesão a altas intensidades de luz para destruí-la.

No caso do melanoma, se houver uma suspeita de que o câncer se espalhou além da camada de pele, o tratamento com quimioterapia pode ser necessário para erradicar as células de câncer de pele existentes em outras partes do corpo.

Como é feita a prevenção do câncer de pele?

A melhor maneira de prevenir esta lesão é evitar a exposição excessiva aos raios ultravioletas. Você não precisa tomar banho de sol até se queimar para obter os efeitos benéficos da luz solar para a sua saúde. Basta uma pequena quantidade de sol em horários adequados.
A intensidade da radiação UV aumenta durante o meio do dia. Procure ficar na sombra entre 10 horas da manhã e 16 horas. Evite a exposição direta ao sol neste intervalo de tempo.
Use chapéu de abas largas e óculos escuros quando estiver exposto ao sol.
Aplique um filtro solar de alto fator de proteção (no mínimo FPS 15), regularmente, todas as manhãs. Renove a aplicação pelo menos no meio do dia.
Beba bastante água para evitar o superaquecimento.
Quais cuidados devo ter com minhas pintas?

A maioria das pintas não é cancerosa, mas é fundamental acompanhar as pintas que você tem. Elas devem ser examinadas regularmente por um dermatologista, principalmente se mudarem de cor, começarem a coçar ou a sangrar, crescerem ou inflamarem.

Qualquer alteração na pele deve ser verificada por um médico.

ABC.MED.BR, 2011. Câncer de pele. O que é?. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2011.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sertralina e mirtazapina podem não ajudar na depressão de pacientes com Alzheimer, segundo estudo publicado no The Lancet

Sertralina e mirtazapina podem não ajudar na depressão de pacientes com Alzheimer, segundo estudo publicado no The Lancet

O estudo Health Technology Assessment Study of the Use of Antidepressants for Depression in Dementia (HTA-SADD), randomizado, controlado por placebo, duplo-cego, multicêntrico, publicado no periódico The Lancet, mostrou que os antidepressivos sertralina e mirtazapina, comumente usados em casos de depressão em pacientes com Alzheimer, podem não ser uma boa escolha devido à ausência de benefícios quando comparados ao placebo e à presença de efeitos colaterais como náuseas, sonolência e sedação.

Os participantes do estudo foram divididos em três grupos:

107 pacientes receberam 150mg de sertralina ao dia.
108 pacientes receberam 45mg de mirtazapina ao dia.
111 pacientes receberam placebo (grupo controle).
O nível de depressão não apresentou variações importantes entre os três grupos na 13ª semana de acompanhamento.

No grupo que recebeu sertralina, 43% reportaram reações gastrointestinais, como náuseas, enquanto no grupo que recebeu mirtazapina 41% reportaram sonolência ou sedação. Apenas 26% dos participantes do grupo controle relataram que não se sentiram bem.

Fonte: The Lancet, de 18 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

VOCÊ SABE O QUE É TRANSTORNO SOCIAL?

O que é o transtorno ansioso social?

O transtorno ansioso social, anteriormente conhecido como fobia social, é um distúrbio caracterizado por manifestações de intensa ansiedade que surge quando o paciente é ou crê estar sendo submetido à avaliação de outras pessoas em seus desempenhos ou atividades. É frequente que essas pessoas tenham a sensação de estarem sendo julgadas muito ansiosas, fracas ou tolas e, por conta disso, tendem a se isolarem. Na maioria das vezes essa ansiedade concentra-se sob tarefas ou circunstâncias bem definidas (comer, falar ou escrever em público, por exemplo), mas pode também ser sentida de maneira geral para todas as atividades sociais. As pessoas afetadas por essa patologia compreendem que seus medos são injustificados, no entanto, experimentam grande apreensão ao enfrentarem as situações temidas e fazem de tudo para evitá-las.

Essas dificuldades são tidas como patológicas quando acarretam algum prejuízo pessoal como, por exemplo, negar-se a um exame final que exige uma apresentação pública ou diante de alguém que esteja avaliando.

Quem são as pessoas que sofrem de transtorno ansioso social?

Um estudo recente mostrou que 13% dos brasileiros sofrem dele. As fobias sociais afetam os homens mais que as mulheres. O seu início geralmente é muito gradual, na infância ou na adolescência. O mais tardar que a fobia social pode começar é no início da idade adulta, em torno de vinte anos. Há certa possibilidade de uma facilitação genética.

Quais os sintomas mais comuns do transtorno ansioso social?

Não há sintomas que sejam absolutamente típicos, mas em geral eles são aqueles da ansiedade (inquietação incômoda, medo vago e indefinido, expectativas negativas relativas ao futuro, palpitações, sensações de sufocações, tremores, sudorese excessiva, mal estar gástrico, etc.). Sensações de aperto na cabeça ou no peito são muito frequentes. São comuns também distúrbios psicossomáticos como úlceras, asma, gastrites, colites, dores de cabeça, dentre outros. O que é mais característico da fobia social é o aparecimento dos sintomas quando a pessoa é observada enquanto executa uma tarefa comum. Esses sintomas ocorrem com mais intensidade quando a pessoa está desempenhando certas atividades sociais, em presença de outras pessoas. Eles são, principalmente, ansiedade antecipatória, tremores, suor excessivo, palpitações, temor de enrubescer-se, temor de ser avaliado negativamente ou de ser visto como fraco, ansioso, louco ou tolo, o que os leva, em geral, a evitar situações sociais que os colocariam em incômodo.

Esses pacientes não conseguem dizer não, pelo temor de desagradarem as pessoas. Têm uma baixa auto-estima e julgam, por exemplo, que não podem terminar um namoro porque não despertarão o interesse de mais ninguém.

Em que situações os sintomas ocorrem mais frequentemente?

As situações nas quais essa patologia mostra melhor os seus sintomas são andar na rua, falar em público, viajar em transportes públicos, comer ou beber em público, escrever ou assinar em presença de outras pessoas, usar mictórios públicos, olhar as pessoas nos olhos, dar ou aceitar cumprimentos, etc. A fobia social pode ser generalizada para todas essas (e ainda outras) situações, ou específica, se a ansiedade é experimentada apenas em uma ou algumas situações determinadas. A fobia social pode incapacitar a pessoa para o estudo, o trabalho e demais atividades sociais, e privar o individuo de fazer amizades, estabelecer relacionamentos amorosos e formar uma família. Os que conseguem trabalhar buscam profissões nas quais a interação social é mínima e preferem os trabalhos noturnos ou isolados, onde os contatos sociais são mais escassos.

Como deve ser tratada a fobia social?

O tratamento deve ser feito por um terapeuta especializado (psiquiatra ou psicólogo). A psicoterapia cognitivo-comportamental costuma apresentar bons resultados. O tratamento medicamentoso com ansiolíticos, geralmente, proporciona uma melhoria ou supressão mais rápida dos sintomas, em cerca de setenta e noventa por cento dos casos. O sucesso do tratamento depende do ambiente familiar e de atividades de integração social de forma gradual e assistida. Pode ser que um tratamento adequado permita uma verdadeira cura.

ABC.MED.BR, 2011. Você sabe o que é transtorno ansioso social?. Disponível em: . Acesso em: 7 jul. 2011.