quinta-feira, 27 de outubro de 2011

NÃO DE DEIXE ELEVAR PELO ROTULO.

Não é por que o rótulo diz "light", "zero" ou "diet" que a latinha de refrigerante está liberada. Qualquer variedade da bebida pode ser uma inimiga da saúde e da balança. A nutricionista Mariana Del Bosco, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), explica que eles não contêm açúcar, mas edulcorantes artificiais. "O consumo excessivo pode contribuir para que se atinja a dose máxima diária recomendada".

O cuidado com a ingestão de adoçantes é tanto que a sacarina já foi proibida no Canadá, e o ciclamato, nos Estados Unidos. Ambos são usados no preparo derefrigerantes. Segundo os padrões da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o limite máximo de ciclamato, por exemplo, é de 56 mg a cada 100 ml ou 100 g. Já a do aspartame é de 2.400 mg, o equivalente a 48 envelopes.

Um estudo realizado na Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, sugere que a sacarina pode engordar mais que o açúcar. Segundo os pesquisadores, o sabor doce causado pelo consumo desse edulcorante prepara o sistema digestivo para a ingestão de uma grande quantidade de calorias.

Mesmo que não ocorra essa ingestão, o organismo fica confuso, faz você sentir mais fome e queima menos calorias. O resultado disso você já conhece: aumento de peso.

Uma dica para quem busca cuidar da saúde é trocar o refrigerante por outra bebida natural, como os sucos e a água de coco. Os sucos são fontes de vitaminas, ou seja, não são calorias vazias como os refrigerantes.
Bebida polêmica
No entanto, para quem quer emagrecer, eles podem não ser uma boa opção, pois alguns podem ter o mesmo valor calórico que um refrigerante normal. Nesse caso, a nutricionista Mariana Del Bosco diz que o melhor é optar por refrigerantes sem açúcar

Outra questão polêmica que envolve os refrigerantes é o sódio. Eles são ricos nessas substâncias que retêm líquidos e causa a hipertensão. Além disso, um estudo recente divulgado na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Preventionrelacionou o consumo de dois ou mais refrigerantes por semana com o aumento de 87% do risco do câncer de pâncreas.

domingo, 16 de outubro de 2011

CENTELLA + CASTANHA = PERNAS E CIRCULAÇÃO SAUDÁVEIS

Dupla Dinâmica
Texto: Raquel Marçal, de Curitiba |26 de setembro de 2011
Ricas em substâncias que combatem inchaços e fortalecem as paredes dos vasos sanguíneos, a castanha-da-índia e a centella asiática são grandes aliadas contra as varizes

Pra baixo todo santo ajuda. É fácil lembrar do espirituoso dito popular quando se pensa no trajeto do sangue em sua tarefa de irrigar os órgãos do corpo. A descida até os membros inferiores é moleza. Na hora de subir é que são elas. É justamente aí que entra em ação um sistema de válvulas localizado nas paredes internas das veias que ajuda o sangue a vencer a gravidade, empurrando-o para cima. Mas, às vezes, os tecidos dessas válvulas perdem a força e não conseguem mais fazer seu trabalho. Resultado: o sangue passa a fluir com dificuldade e vai se acumulando na veia até a circulação no local empacar de vez.
Esse defeito nas válvulas – e a consequente travada do fluxo sanguíneo – é o que os médicos chamam de insuficiência venosa. Um problema à flor da pele. Inchadas por causa do fluido parado, as veias afetadas formam varizes e marcam as pernas num ziguezague que lembra uma fita sianinha. “A principal causa das varizes é a predisposição genética”, explica a angiologista Priscila Nahas, diretora do Departamento de Febloestética da Sociedade Brasileira de Feblologia e Linfologia. Para quem não sabe, feblologia é o estudo das veias e das doenças venosas. “Quem tem a hereditariedade, vai desenvolver o problema mais cedo ou mais tarde, é inevitável”, afirma a médica. Mas nada de pânico. A boa notícia para quem tem histórico na família é que algumas atitudes, como praticar atividades físicas, controlar o peso e evitar o cigarro, podem adiar a ocorrência do problema.
As varizes não são um incômodo apenas estético. Doloridas, elas podem atrapalhar no dia a dia mesmo quando não há complicações – como tromboses superficiais, úlceras venosas e fleborragias, que são hemorragias originárias das veias. Por isso, estão entre as causas mais frequentes de afastamento do trabalho e são consideradas um problema de saúde pública. E não só no Brasil.
Nos casos mais graves, só a cirurgia dá jeito. Mas quando o último recurso ainda não é indicado, dá para amenizar os sintomas com medicação. “Os medicamentos têm ação direta sobre a parede da veia doente, fortalecendo-a e melhorando o fluxo sanguíneo”, explica Priscila. É exatamente isso o que fazem as duas plantas medicinais mais usadas no tratamento da insuficiência venosa: a castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum) e a centella asiática (Centella asiatica).
A castanha-da-índia tem ação antiinflamatória e aumenta o tônus venoso, diz o médico Aderson Moreira da Rocha, presidente da Associação Brasileira de Ayurveda.
Já a centella também possui efeito diurético. Na ayurveda é indicada para aliviar sintomas como inchaço, dor e cãibra nos membros inferiores, completa. A dupla de fitoterápicos já provou seu valor em diversos estudos mundo afora. Os cientistas inclusive sabem quais as substâncias responsáveis pela ação benéfica dessas plantas. Trata-se das saponinas.
Na castanha-da-índia, a principal saponina é chamada de beta-aescina. “Ela favorece o transporte de íons para dentro dos capilares, o que aumenta a resistência das veias e artérias e impede a saída de líquidos dos vasos, evitando assim os inchaços”, explica a farmacêutica Elisabeth Lopez. “A castanha-da-índia possui ainda cumarinas e flavonóides, que também apresentam ação protetora vascular”, completa Elisabeth. Há evidências de que os fitoterápicos à base de castanha-da-índia são tão eficazes quanto a terapia de compressão dos membros inferiores com meias elásticas e os rutosídeos – substâncias tradicionalmente usadas nos medicamentos contra as varizes. A descoberta aparece citada numa revisão bibliográfica feita por pesquisadores do Laboratório de Farmacognosia do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Santa Catarina. No mesmo relatório, eles afirmam que, no quesito segurança, o fitoterápico é bem tolerado, apesar de poderem ocorrer desconfortos gastrintestinais. Uma ressalva importante é que sementes, folhas, raiz e flores da planta jamais devem ser usadas, pois contêm esculina – uma substância
tóxica que não está presente nos fitoterápicos industrializados.
No caso da centella, as saponinas mais ativas são os triterpenos, que agem nos fibroblastos, as células produtoras de colágeno. Por isso, cremes e pomadas contendo o extrato são bastante usados na dermatologia. Estudos têm mostrado que o tratamento tópico com Centella asiatica melhora o processo de cicatrização por promover a proliferação celular e aumentar a síntese de colágeno, explica o farmacêutico e bioquímico Frederico Pitella Silva, que estudou a planta em seu mestrado na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Na tentativa de entender a ação dos triterpenos a nível molecular, cientistas do prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, chegaram a identificar os genes dos fibroblastos afetados pela centella. E concluíram: os triterpenos induzem essas células a produzir mais colágeno. E mais colágeno significa pele e tecidos mais fortes, incluindo as paredes de vasos e artérias.
Outro estudo, este feito na Universidade D’Annunzio, na Itália, sugere que a centella atua em mais uma frente. Ela regulariza a permeabilidade capilar, isto é, a capacidade das paredes do endotélio dos vasos de deixar passar para dentro água e moléculas solúveis em água. Assim, a centella evita o acúmulo de líquidos, ação que faz da planta uma aliada contra os inchaços nas pernas e a celulite.
Que essas duas plantas são mesmo poderosas, ninguém duvida. Mas aqui vai uma observação importante: as duas espécies são contraindicadas para mulheres grávidas, que sofrem com inchaços nas pernas e pés. Para elas, o que os médicos mais recomendam são as meias elásticas, que comprimem a pele e ajudam o sangue no seu trajeto perna acima.
SERÃO VARIZES?
Não se desespere se notar na pele um grupo de vasinhos formando uma espécie de teia de aranha. Eles não são varizes em estado inicial. Apesar de serem estruturas vasculares que conduzem sangue venoso, como as varizes, os vasinhos têm calibre diferente – são fininhos – e estão dentro da espessura da pele. As varizes são mais grossas e estão na camada de gordura abaixo da pele. Mesmo que não sejam tratados, eles podem no máximo se espalhar, mas não vão se transformar em varizes.
PODEROSA CENTELLA
Em 2005, pesquisadores da Oregon Health & Science University, dos Estados Unidos, comprovaram em camudongos que o extrato de Centella asiatica é capaz de reverter danos causados nos nervos pelo diabetes. Agora, outro time da mesma universidade investiga se o efeito se repete em humanos. Desde o ano passado, eles acompanham um grupo de 60 pacientes com neuropatia diabética, um conjunto de sintomas que inclui dor, dormência e fraqueza nos nervos. O grupo está sendo tratado com uma droga contendo os triterpenos da centella.
A neuropatia diabética ocorre porque o alto nível de glicose no sangue prejudica a circulação, deixando as células nervosas sem nutrientes importantes. O problema afeta principalmente braços e pernas – extremidades do corpo onde o sangue tem mais dificuldade para chegar. É considerada uma das mais debilitantes complicações da doença e a mais difícil de ser tratada. “Hoje é possível tratar esses sintomas, mas não promover a recuperação dos nervos debilitados”, afirma Jau-Shin Lou, neurologista e coordenador do estudo. “A única forma de controlar a neuropatia diabética é manter a taxa de açúcar sob controle. Caso essa droga [com o extrato de centella] seja eficaz, teremos uma outra alternativa.”
A equipe também vai investigar se os triterpenos agem penetrando no sistema nervoso. Em caso afirmativo, no futuro, a centella poderá ser usada no tratamento de várias outras doenças causadas pela degeneração neural, como o Mal de Alzheimer.
COMP

MAGNIFICOS EFEITOS FA FISALIA


Physalis: a pequena notável
Texto: Raquel Marçal, de Curitiba |4 de outubro de 2011
Essa estrela da amazônia é fonte de vitaminas A e C, além de ser rica também em fósforo, ferro, carotenoides e flavonoides

Ela começou a aparecer nas feiras e quitandas brasileiras há bem pouco tempo. E muita gente a observou com curiosidade e se perguntou: que frutinha amarela é essa, com formato de acerola, mas que vem embrulhada nas próprias folhas? É a physalis (fisális), uma delícia azedinha típica da região amazônica. Atualmente, a Colômbia é o maior produtor e exportador da fruta – e é de lá que vem a maior parte da physalis vendida por aqui.
No Brasil, até de 2007, o cultivo era bem restrito e voltado a pesquisas. Mas desde 2008, a fruta começou a ser cultivada pra valer no país. É por isso que, agora, ela é vista o ano todo por aí. Ainda bem, já que a physalis é fonte de vitaminas A e C, além de ser rica também em fósforo, ferro, carotenoides e flavonoides (estes últimos, poderosos aliados contra o envelhecimento). “A physalis contém inúmeras substâncias medicinais e seu fruto, extremamente saboroso, tem grande valor nutritivo e terapêutico”, explica a técnica agrônoma Janaína Muniz, que virou especialista na planta durante seu mestrado em Produção Vegetal na Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). Uma dessas substâncias, a fisalina, já provou ser 30 vezes mais potente do que os antiinflamatórios hoje conhecidos. A descoberta, feita na Fundação Oswaldo Cruz de Salvador, foi publicada no European Journal of Pharmacology.
Dá para aproveitar tudo isso que a physalis tem de bom consumindo a fruta in natura, em recheios de bombons, em geleias e sucos (veja receita abaixo). Dá também para usá-la na decoração de bolos e tortas, no lugar das cerejas. E que tal ter essa beleza no jardim, com todos os benefícios bem ao alcance da mão? Segundo Janaína Muniz, o cultivo é simples – dá para plantá-la até em um vaso. E a planta se adapta bem a diversas condições de solo e clima. “Todas as famílias poderiam ter em seu quintal pelo menos uma physalis e consumir o fruto diariamente”, encoraja Janaína. Ficou interessado? Então, anote aí as dicas.
Sementes: o ideal é comprá-las de empresas especializadas que comercializam a espécie peruviana (Physalis peruviana L.) ou angulata (Physalis angulata). Também dá para plantar as sementes retiradas diretamente da fruta. “Mas a planta da espécie peruviana é de tamanho maior e do que da angulata. O fruto da peruviana também é maior e mais doce”, diz a técnica agrônoma Janaína Muniz.
Plantio: no solo a planta cresce mais rápido – pode chegar a três metros de altura –, produz frutos maiores e em maior quantidade. Mas nada impede que ela seja plantada em vasos. Eles devem ser grandes (entre três e cinco litros), pois as raízes são bem ramificadas e profundas (em torno de 50 cm de comprimento).
Adubação: pode-se usar húmus de minhoca ou mesmo esterco de bovinos, suínos e aves. O esterco precisa estar bem curtido (seco) para ser misturado à terra. Também pode ser utilizada a compostagem orgânica, adubo natural obtido a partir de cascas de frutas, legumes, ovos, verduras etc.
Rega: deve ser feita diariamente e duas vezes por dia, no verão.
Pragas: As principais pragas observadas até hoje são a Epitrix (pulga do fumo) nas folhas após o transplante; o Aphys (pulgão verde) nas brotações novas e frutos; e a Heliothis (lagarta da maçã), nos frutos. Na produção orgânica, utiliza-se o Óleo de Neem, um inseticida natural que diminui os ataques das pragas.
Colheita: a partir de 120 dias depois do plantio. Ela dá frutos por seis ou oito meses e cada planta produz até três quilos de frutas.
Receita: Geleia de Physalis
Ingredientes
2 caixinhas de 100 g de physalis
1 xícara de água
1/2 xícara de açúcar
Modo de fazer
Retire a physalis do casulo e corte-a em pedacinhos
Leve a fruta com a água e o açúcar ao fogo, mexendo sempre
Deixe ferver até a calda começar a engrossar e desligue o fogo
Amasse um pouquinho com um garfo ou colher e espere esfriar

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

SOMENTE A SIBUTRAMINA PODERÁ SER USADA COMO TRATAMENTO NA OBESIDADE, E COM PRESCRIÇÃO MÉDICA.

Anvisa retira anfetaminas do mercado e mantém o registro da sibutramina para tratamento da obesidade

A Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu, nesta terça-feira (4/10), pela retirada dos medicamentos inibidores de apetite do tipo anfetamínico (femproporex, mazindol e anfepramona) do mercado e pela manutenção da sibutramina como medicamento para o tratamento da obesidade, com a imposição de novas restrições.

Os medicamentos femproporex, mazindol e anfepramona terão seus registros cancelados, ficando proibida a produção, o comércio, a manipulação e o uso destes produtos.

O uso dos anfetamínicos está baseado na prática clínica, que é o tipo de evidência menos segura segundo os padrões atuais para registro de medicamentos. Além disso, há evidências de eventos adversos graves. Esses dados justificam a decisão dos diretores.

Em relação à sibutramina, a diretoria da Anvisa decidiu manter o medicamento no mercado com a inclusão de novas restrições para o uso do produto. O relatório apresentado pelo diretor-presidente, Dirceu Barbano, informa que o perfil de segurança da sibutramina é bem conhecido, o que permite que ela possa ser utilizada em determinadas situações e com um monitoramento rigoroso. Uma das restrições que será estabelecida é a descontinuidade do uso da sibutramina em pacientes que não obtiverem resultados após quatro semanas de uso do produto.

Fonte: Anvisa

Leia a reportagem completa em:

Anvisa mantém registro de sibutramina e cancela anfetamínicos

NEWS.MED.BR, 2011. Anvisa retira anfetaminas do mercado e mantém o registro da sibutramina para tratamento da obesidade. Disponível em: . Acesso em: 6 out. 2011.